quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dom Fernando visita o Papa

Entre 6 e 23 de novembro de 2009, os bispos do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram no Vaticano para sua visita Ad Limina. Entre eles, estava o bispo
diocesano de Santo Amaro, Dom Fernando Antônio Figueiredo. A Visita ad Limina, ou mais exactamente a Visita quinquenal ad sacra limina apostolorum, é uma obrigação imposta pela Igreja Católica Romana aos seus bispos diocesanos, de a cada 5 anos visitarem os túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo, em Roma, e por essa altura se encontrarem com o Papa. Nesse encontro devem reportar sobre o estado pastoral das suas dioceses ou prelaturas e ouvirem a apreciação e os conselhos do Papa no que a elas especificamente respeita.
Em seu discurso para os bispos, Bento XVI fez um pedido especial: “Falai ao coração do vosso povo, acordai as cons-ciências, reuni as vontades num mutirão contra a crescente onda de violência e menosprezo do ser humano”. Bento XVI afirmou que o ser humano, “de dádiva de Deus acolhida na intimidade amorosa do matrimônio entre o homem e a mulher, passou a ser visto como mero produto humano”.Contra essa visão distorcida, o Santo Padre destacou que “a convicção da reta razão e a certeza da fé de que a vida do ser humano, desde a concepção até à morte natural, pertence a Deus e não ao homem, confere-lhe aquele caráter sagrado e aquela dignidade pessoal que suscita a única atitude legal e moral correta, isto é, a de profundo respeito”.
“Nunca podemos desanimar no nosso apelo à consciência disse. Não seríamos seguidores fiéis do nosso Divino Mestre, se não soubéssemos em todas as situações, mesmo nas mais árduas, levar a nossa esperança”. E acrescentou: “continuai a trabalhar pelo triunfo da causa de Deus, não com o ânimo triste de quem adverte só carências e perigos, mas com a firme confiança de quem sabe poder contar com a vitória de Cristo”. Referindo-se ao Brasil, Bento XVI destacou: “o vosso povo abriga no coração um grande sentimento religioso e nobres tradições, enraizadas no cristianismo”, que se devem “manter, defender, estender, aprofundar, vivificar”. “Ao regozijar-me vivamente com tudo isto, exorto-vos a prosseguir nesta obra de constante e metódica evangelização, cientes de que a formação autenticamente cristã da cons-ciência é decisiva para uma profunda vida de fé e também para o amadurecimento social e o verdadeiro e equilibrado bem-estar da comunidade humana.”
Sobre esta questão, o Papa indicou também que, “para merecer o título de comunidade, um grupo humano deve corresponder, na sua organização e nos seus objetivos, às aspirações fundamentais do ser humano”. “Por isso não é exagerado afirmar que uma vida social autêntica tem início na consciência de cada um”, disse. “Dado que a cons-ciência bem formada leva a realizar o verdadeiro bem do homem, a Igreja, especificando qual é este bem, ilumina o homem e, através de toda a vida cristã, procura educar a sua consciência.”

Cláudio Vieira

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