quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Para papa, vive-se uma 'Emergência Educativa'

Em Bréscia, lembrando o papa Paulo VI, que o nomeou bispo de Munique, o papa Bento XVI fez um longo e ponderado discurso, em que destacou que “vivemos em uma época na qual se experimenta uma autêntica emergência educativa. Formar as novas gerações, das quais depende o futuro, nunca foi fácil, mas nosso tempo parece que se tornou ainda mais complexo”. “Difundem-se uma atmosfera, uma mentalidade e uma forma de cultura que levam a duvidar do valor da pessoa, do significado da verdade e do bem; em última instância, da bondade da vida considerou. E, ao mesmo tempo, experimenta-se com força uma estendida sede de certezas e valores.” “É preciso transmitir às futuras gerações algo válido, normas sólidas de comportamento, indicar elevados objetivos aos quais orientar com decisão a própria existência acrescentou. Cresce a demanda de uma educação capaz de responder às expectativas da juventude, uma educação que seja, antes de mais nada, testemunho e, para o educador cristão, testemunho de fé.”
Neste contexto, recolhendo a herança intelectual e espiritual do Papa Montini, Bento XVI explicou que “é necessário educar o jovem para julgar o ambiente em que vive e atua, a considerar-se como pessoa, e não como número na massa; em uma palavra, é preciso ajudá-lo a ter um pensamento forte”. “O pensamento forte acrescentou é capaz de uma ação forte, evitando o perigo que às vezes se corre de antepor a ação ao pensamento e de fazer da experiência o manancial da vida.” E, constatando “nas novas gerações uma iniludível demanda de sentido, uma busca de relações humanas autênticas”, Bento XVI propôs esta famosa frase do Papa Montini: “O homem contemporâneo escuta mais facilmente as testemunhas que os mestres; e se escuta os mestres, é porque são testemunhas”.
Cláudio Vieira

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